Quem sou eu

Minha foto
Em 2009 fui diagnosticado com uma doença do neurônio motor (DNM) Trata-se de uma doença neuromuscular, progressiva, degenerativa e sem cura. Mesmo assim insisto que vale a pena viver e lutar para que pesquisas, tratamentos paliativos, novos tratamentos cheguem ao Brasil no tempo + breve possível, alem do respeito no cumprimento dos nossos direitos. .

26 de abr. de 2011

Tratamento com células estaminais da esclerose lateral amiotrófica na X-Cell-Center: verdade ou utopia?

A Esclerose lateral amiotrófica (ELA), também chamada de doença de Lou Gehrig é uma doença
A clínica Xcell Center, na Alemanha, decretou falência. Os funcionários da clínica temen em esperar meses para receber os seus salários. Os pacientes que estavam com exames marcados nao poderão fazer o tratamento em hospital público ou universitário. Como a clínica era particular, o governo alemão não tem nenhuma responsabilidade em tratá-los, sem contar que esses pacientes nunca contribuíram com o sistema previdenciário alemão. É assim que funciona a legislação alemã. Além do mais, a ONG viva a vida e a sua excelentíssima presidente estão literalmente cozinhando os portadores de ELA em banho-maria. Não existe nenhum trabalho de parceria entre a ONG e o Governo alemão. A falta de ética e respeito à vida passou longe dos preceitos morais dessa organização. Hoje em dia, a mídia, bem comos as redes de comunicação funcionam como a telepatia, se é que ela existe.Graças à informação jornalística através da televisão, rádio, blogs e da internet é muito fácil chegar à verdade. Não é possível que inúmeros meios de comunicação estejam equivocados em relação à idoneidade desta clínica e só a ONG continua colocando vídeo online para manipular as pessoas acometidas por esse mal. Cuidado para não irem parar em alguma clínica clandestina. Prezados membros da comunidade, chamo-lhes a atenção para não cairem no famoso conto do vigário. Bem antes do governo alemão fechar a clínica, o mesmo havia proibido a punção lombar e o procedimento intratecal que causou a morte de uma criança e sérios danos de saúde a outros dois pacientes. Qual foi a atitude do Xcell-Center após a proibição? Advinhem... Levar os pacientes à França para fazer os exames clandestinamente. A sociedade alemã ELA, cientistas e hospitais e consultórios  estão aplaudindo a atitude da Secretária da Saúde e do Insituto Paul Ehrlich de fechar essa clínica. Os estudos e dados estatísticos mostrados antigamente no site da clínica nunca foram publicados, pois eles não existem.  
A justiça tarda mas não falha!
Elmo Guimarães
Fonte: http://www.xcell-center.com

20 de abr. de 2011

FDA e a "intolerância" a Dipirona (Parte 2)

Por Antonio Jorge de Melo
Em outro estudo brasileiro entre 1975 e 1995, Andrade e colaboradores observaram a incidência de reações adversas (agranulocitose, hemorragias, anemia aplásica, anafilaxia) causadas por 4 analgésicos: dipirona, paracetamol , AAS e diclofenaco . O índice de efeitos colaterais importantes foi igual entre a dipirona e o paracetamol, enquanto com AAS foi 8 vezes maior, e com diclofenaco foi 20 vezes maior.
Um estudo da OMS, de 1998, encontrou resultados semelhantes. E neste mesmo estudo a OMS concluiu que o risco de agranulocitose causado pela dipirona foi superestimado nos anos 70.
Em julho de 2002 o Ministério da Saúde, através da ANVISA, patrocinou um encontro internacional para avaliar a segurança da dipirona, chegando às seguintes conclusões:
1. Há consenso que a eficácia da dipirona como analgésico e antitérmico é inquestionável.
2. Há consenso que os riscos atribuídos à sua utilização em nossa população, até esta data, são baixos, e que os dados científicos disponíveis apontando a ocorrência destes riscos não são suficientes para indicar uma alteração do seu status regulatório (venda sem prescrição).
3. Os dados apresentados neste encontro permite aos participantes concluir que os riscos da dipirona são similares ou menores do que de outros analgésicos/antitérmicos disponíveis no mercado.
Sobre os dados apresentados por Huguley em 1964, que levaram à proscrição da dipirona em diversos países, o encontro internacional de 2002 concluiu que "as evidências científicas que levaram à proscrição da dipirona nos EUA e Reino Unido, 30 anos atrás, foram frágeis pelos padrões atuais".
Atualmente não haveria bases científicas que justificassem a proibição da dipirona por qualquer autoridade sanitária em qualquer país do mundo.
Em 2001, no São Paulo Medical Journal, Benseñor levantou rumores que houve um potencial conflito de interesses na proibição americana da dipirona, considerando que a droga foi desenvolvida na Alemanha, a quem pertencia a patente.
Com base no conhecimento atual, acreditamos que a dipirona seja um medicamento seguro.
Como qualquer outro tipo de remédio, seu uso deve ser criterioso e sob supervisão médica, e continuamente novos estudos e pesquisas devem ser realizados avaliando a eficácia e segurança dos medicamentos.


Paracetamol                                                                                                                                
Para que entendamos melhor tudo isso, é importante que conheçamos um outro personagem dessa controversa história: o Paracetamol, uma droga com ação e indicações exatamente iguaia a Dipirona.    Em 1955 o laboratório McNeil, fundado em 1879, introduziu no mercado americano o Tylenol Elixir for Children, um analgésico e antitérmico em xarope para crianças, que não continha os princípios ativos da Aspirina, e sim Paracetamol. O lançamento se deu em uma época crucial em que havia a possibilidade de associação da Aspirina com a síndrome de Reye’s, uma doença degenerativa que ataca o cérebro e o fígado, fazendo com que os médicos receitassem TYLENOL, através de prescrição médica, em vez de Aspirina. Em 1959 
o laboratório foi comprado pela gigante Johnson & Johnson em uma das maiores aquisições do ano. Nesta época, TYLENOL, que já podia ser comprado sem prescrição médica, tinha desenvolvido e conquistado uma reputação diante do consumidor como sendo um produto seguro, eficaz e que as pessoas podiam confiar. Somente em 1961 o TYLENOL para adultos foi lançado no mercado. Com o passar do tempo a linha de produtos foi aumentando com o lançamento de inúmeros tipos do remédio. TYLENOL alcançou o posto de analgésico mais vendido no mercado americano em 1976 e três anos depois se tornou o produto mais vendido na categoria saúde e beleza, ultrapassando a pasta de dente Crest.         
Cápsulas que matam  
<><> <><> <><>
  Linha Tylenol
 Em setembro de 1982, “o produto representava para a J&J vendas de 400 milhões de dólares/ano”. Foi nessa época que Tylenol enfrentou sua mais grave crise, quando um desconhecido abriu cápsulas do remédio (Extra Stregth Tylenol) e introduziu Cianeto, colocando em seguida para serem vendidas novamente. Sete pessoas morreram na cidade de Chicago. Quando a primeira pessoa faleceu, a Johnson & Johnson divulgou um comunicado, pela imprensa, alertando sobre o fato. Porém, quando as demais mortes foram confirmadas, a empresa comandada por James Burke, decidiu em conjunto com o Federal Drug Administration (FDA), retirar o produto do mercado (cerca de 31 milhões de vidros do analgésico), causando um prejuízo de US$ 150 milhões para a Johnson & Johnson. Porém, acredita-se que as perdas da empresa tenham chegado a US$ 1.5 bilhões. Nesta época, TYLENOL era o remédio mais vendido nos Estados Unidos e sua participação de mercado caiu imediatamente de 35% para 8%. A forma como a empresa lidou com o problema, fez com que 90% dos consumidores achassem que a Johnson & Johnson foi uma mera vítima do incidente. Depois deste grave incidente, a empresa relançou o produto com embalagens mais seguras e com lacres. Um ano depois, TYLENOL estava novamente na liderança de seu segmento. Em 1986, uma mulher da cidade de Nova York morreu ao ingerir o produto, que tinha sido novamente envenenado com Cianeto. A empresa novamente teve que contornar uma crise envolvendo o produto. Uma frase dizendo “Do not use if red neck wrap or foil inner seal is broken” foi impressa em todas as embalagens de TYLENOL. Com as medidas tomadas e o aumento da segurança do produto, a marca venceu mais este desafio, tornando-se um produto confiável e líder de mercado.     

A marca no mundo
A  marca TYLENOL vende seus produtos em mais de 100 países, sendo o analgésico e antitérmico mais vendido do mundo, com faturamento superior a US$ 2 bilhões por ano. No mercado americano TYLENOL está disponível em  mais de 55 versões.                                                                         
Quando nos reportamos a uma marca que vende a bagatela de US$ 2 bilhões por ano, é fácil compreender porque esse mercado é tão competitivo e acirrado, podendo gerar inúmeros conflitos de interersse, o que pode ter sido a causa do efeito colateral que a dipirona causou no FDA: a intolerância.

17 de abr. de 2011

FDA e a "intolerância" a Dipirona - Parte 1

                                   
“... estudo brasileiro entre 1975 e 1995, Andrade e colaboradores observaram a incidência de reações adversas  (agranulocitose...) causadas por 4 analgésicos: dipirona, paracetamol, AAS e  diclofenaco . O índice de efeitos colaterais importantes foi igual entre a dipirona e o paracetamol...”

Por Antonio Jorge de Melo

 


Introdução
Não é novidade para ninguém que a indústria farmacêutica multinacional fatura muitos milhões de dólares na comercialização de medicamentos em todo o mundo. Também não podemos fechar os olhos para a importância da pesquisa clínica realizada por essas empresas , que ao longo desses anos tem evoluído substancialmente na descoberta de novas drogas para tratamento de diversas doenças, aumentando a expectativa de vida da humanidade e lhe proporcionando uma melhora na qualidade de vida.
A linha que divide a responsabilidade social e o compromisso com a saúde humana dessas empresas e o seu interesse em lucrar é realmente muito tênue, quase invisível. Visão e missão é muito bonito no papel, mas na hora do lucro...a cartilha é outra. Estamos falando de um ambicioso mercado, onde dentro da ética capitalista o que se espera é a maximização do lucro, e não o prejuízo no caixa das empresas. Assim, cada um vai em busca da defesa do seu espaço.
Portanto, em 1977, quando o FDA retirou a dipirona do mercado americano, apesar das alegações evocadas por esse órgão, ficou uma dúvida no ar sobre as verdadeiras motivações que estariam por detrás dessa  “jogada de mestre” do FDA , deixando o mercado de analgésicos-antipiréticos dos EUA  nos trilhos do paracetamol, que por coincidência a patente pertence a uma empresa americana, a Johnsons &Johnsons.
Benseñor, em um editorial do S Paulo Med Journal levantou rumores de que "houve um potencial conflito de interesses na proibição americana da dipirona, considerando que a droga foi desenvolvida na Alemanha, a quem pertencia a patente". Ela conclui seu editorial afirmando que “é hora de tomar decisões baseadas em evidências e não em preconceitos”.
Uma história de sucesso
A dipirona, hoje utilizada em mais de 100 países, foi o primeiro analgésico e antitérmico lançado no Brasil (1922), respondendo por 32% do mercado nacional, com um consumo anual em torno de 190 toneladas.
A marca mais difundida de dipirona no no Brasil é a Novalgina, o que transformou essa marca em top of mine, e hoje ela divide espaço com outras marcas similares e genéricas.
Alem dos EUA, a dipirona não é utilizada na Inglaterra e Suécia, devido a um possível efeito colateral - a agranulocitose - que é uma diminuição da produção das células que formam o sangue na medula óssea. Dessa forma, ao longo de seus mais de 80 anos de existência, a dipirona tem sido alvo de ataques e defesas em relação à sua segurança.             

Evidência científica controversa
Em 1964, foi publicado o trabalho importante para o questionamento da segurança da dipirona, especialmente nos Estados Unidos. O trabalho, de autoria de Huguley utilizou a mesma base de dados do estudo Discombe, acrescentando apenas resultados de mais três investigadores. Os resultados não foram muito diferentes do estudo Discombe, sendo os valores relacionando dipirona com agranulocitose igualmente altos: uma incidência de agranulocitose de 0,79% (1 caso a cada 127 exposições). No entanto, um grande erro do autor nesse estudo foi considerar que a aminopirina e a dipirona eram similares, apesar de serem fármacos quimicamente distintos. Deixa-nos uma dúvida e uma pergunta: Como um país tão desenvolvido cientificamente como os EUA tenham se deixado envolver por tal estudo com tantas falhas estatísticas.
Um fato que comprova o erro dos números propostos por Huguley está relacionado a níveis de agranulocitose extremamente baixos em diversas partes do mundo ainda que o número de pessoas em uso de dipirona seja muito elevado. Se relacionássemos às taxas de agranulocitose induzidas pela dipirona proposta por Huguley o número de casos da doença seria enormemente mais alto.
O Estudo de Boston colocou um ponto final nas especulações sem base científica aceitável, pois se tratou de um estudo com uma metodologia e tamanho consideráveis. Envolveu mais de 40 pesquisadores, e nada menos que 300 hospitais e 22,2 milhões de pessoas, em 7 países: Alemanha, Itália, Hungria, Espanha, Israel, Bulgária, Suécia acompanhadas por um período de quatro anos. O estudo detectou apenas 100 casos de agranulocitose e as maiores incidências de agranulocitose, universalmente reduzidas, não coincidiram com um maior consumo da dipirona . Desse estudo vieram conclusões como a de que a agranulocitose e a anemia aplástica poderiam ser causadas por muitos medicamentos, assim como agentes químicos e pesticidas, e que com todas as causas consideradas, a incidência global de agranulocitose seria de seis por milhão de habitantes, ou seja, extremamente baixa. Outra conclusão foi que o excesso de risco de agranulocitose atribuível a dipirona é, quando muito, 1,1 caso por milhão de pessoas expostas, que tenham tomado o fármaco durante o período de sete dias antes do início da doença.
Dois estudos no Brasil demonstraram riscos ainda menores de agranulocitose com dipirona. Sollero, em 2001, revendo dados de 531.161 pacientes hematológicos, detectou apenas 15 casos de agranulocitose, incidência de apenas 0,0003%. Hamerschlak, em estudo retrospectivo com 19.384 pacientes acompanhados ao longo de 8 anos, observou apenas 5 casos de agranulocitose, o que, extrapolando para a população geral, daria uma incidência de 0,44 a 0,82 casos por milhão de habitantes/ano.
Inúmeros outros artigos em vários centros médicos do mundo (Israel, Alemanha, Itália, Hungria, Espanha, etc.) detectam cerca de 1 caso por milhão de habitantes/ano nas últimas décadas.
(Continua...)

12 de abr. de 2011

Quem é a mãe dessa criança?

                            

"...Nós dizemos que isso é impossível de curar pacientes completamente", disse Bo Cheng, vice-diretor do Centro naquela reportagem, ao falar do tratamento com células tronco oferecido pelo Wo Medical Center.  “ Nosso objetivo é melhorar a qualidade de sua  vida ou prolongar a sua vida."
Por Antonio Jorge de Melo
 
A Bíblia Sagrada nos relata uma história muito interessante no livro de Provérbios: duas mães vão ao rei Salomão reclamar a posse de uma mesma criança. Enquanto cada uma defendia a sua versão para o fato e esbraveja diante do rei as suas verdades e interesses pessoais, Salomão toma a seguinte decisão: parta-se a criança ao meio, e cada mãe fique com uma parte.  Uma das mães imediatamente concordou com a decisão do rei, concordando que aquela decisão era bastante sensata, enquanto que a outra disse que abriria mão do seu direito de mãe para que a criança não fosse morta. Diante da atitude tomada por essa mãe, Salomão ordenou imediatamente que a criança a ela fosse entregue, pois ali estava a verdadeira mãe daquela indefesa criança.
As pesquisas clínicas com células tronco nos remete a essa história, pois parece que essa criança tem sido reivindicada por mais de uma progenitora. De um lado, o FDA jurando de “pés juntos” que a aprovação de células tronco para tratamentos de doenças em larga escala ainda não é uma decisão segura e bem fundamentada cientificamente. Do outro lado temos a China, particularmente o Wu Stem Cells Medical Center, que afirma já ter realizado cerca de 1700 tratamentos com células tronco.
No meio desse “tiro cruzado” estão os pacientes portadores de doenças graves, principalmente as doenças neurodegenerativas, que tem em comum o fato de trazerem consigo uma rápida evolução e uma elevada taxa de letalidade, bem como uma capacidade avassaladora de causar danos irreversíveis as células neuromusculares, responsáveis pelos movimentos dos membros periféricos, fala, deglutição, e a mais importante função do organismo humano: a respiração.
O que pensar de uma doença que pode simplesmente te incapacitar de respirar enquanto você está lúcido e com a função cognitiva completamente preservada? Ir à China para fazer um tratamento que custa $30.000, mas que pode te dar um alento de esperança diante de um terrível quadro como esse acima descrito é algo completamente desejável , desde que se tenha recursos financeiros para tal, como muitos em todo o mundo já fizeram, conforme matéria veiculada no Washington Post de 6 de junho de 2010  "...Nós dizemos que isso é impossível de curar pacientes completamente", disse Bo Cheng, vice-diretor do Centro naquela reportagem, ao falar do tratamento com células tronco oferecido pelo Wo Medical Center.  “ Nosso objetivo é melhorar a qualidade de sua vida ou prolongar a sua  vida."
Portanto, diante de fatos que vão surgindo diante dos nossos olhos, podemos ter o mesmo discernimento que Salomão teve: enquanto uma progenitora não se importa com a criança a ponto de tomar uma decisão rápida e envolvendo riscos pessoais, mas que lhe permita viver, a outra já tomou uma decisão sensata  faz algum tempo...

8 de abr. de 2011

Galileu e os "donos" da verdade


                                               

Galileu Galilei
"Hoje, quando falamos de pesquisas clínicas, mais especificamente de transplante de células tronco, podemos questionar:  quem é o dono dessa  verdade? Será que, como Galileu, alguém já tem o conhecimento e o domínio dessa verdade?"
Quem não conhece a história de Galileu, famoso astrômomo  italiano , e grande pesquisador,  ávido por novos conhecimentos. Fez descobertas que abriram os caminhos para a Astronomia contemporânea.
“O sistema cosmológico, na ciência, ensinava que a Terra estava parada no centro do universo e os outros corpos orbitavam em círculos concêntricos ao seu redor. No entanto Galileu propôs que a Terra e os outros corpos celestes giravam ao redor do Sol”.  Mas Galileu se deparou com “os donos da verdasde” daquele tempo, e a sua verdade, embora fosse uma “verdade verdadeiramente verdadeira”, foi preciso  ser abafada, para que ele não fosse aniquilado pela Inquisição.
Hoje, quando falamos de pesquisas clínicas, mais especificamente de transplante de células tronco, podemos questionar:  quem é o dono dessa  verdade? Será que, como Galileu, alguém já  tem o conhecimento e o domínio dessa verdade? Será que ela está sendo ocultada  por algum motivo, assim como Galileu tinha os seus(sobre os quais não nos cabe fazer juízo de valor) para somente no futuro a história finalmente descortina-los?
Se alguém ainda não entendeu aonde quero chegar, leia o depoimento do Daniel, pai do Kleber, que reproduzo aqui. Após tomarem conhecimento do seu depoimento, tirem suas própria conclusões.

Nossa ida à China!
Amigos:
Nossa busca pela melhora de vida de nosso filho Kleber transcende alguma postura mais racional ou contemplativa. Existem muitas pessoas que ficarão admiradas e outras um tanto preocupadas com nossa decisão, entretanto, cabe a nós, os pais, decidir sobre os caminhos e tratamento de nosso filho.
Há muitos anos, desde que ele nasceu, 09 anos, que os pesquisadores aqui no Brasil estão dilatando o prazo para a efetiva aplicação das células tronco em humanos, ou melhor, dificultando o nosso acesso a esse tratamento, pois ele existe e é utilizado “debaixo dos panos”, para pessoas e interesses mais chegados.
Não se trata de um aventura irresponsável, como dirão alguns, principalmente os profissionais da área médica, pois nossa decisão embasa-se em contatos aqui em São Paulo com uma família que levou seu filho lá na China, para tratar de uma patologia muito mais preocupante (Moyamoya) e aqui estava desenganado. Nós os conhecemos lá em Abadiânia/GO (Vide foto), ele que saiu daqui em estado vegetativo, fala, anda, brinca, ri, vai à escola, e interage com as pessoas de forma positiva, não apresentando o quadro que existia aqui antes das aplicações de células-tronco, no WU Stem Cells Medical Center.   ( http://www.wustemcells.com/ )
Os estudos e pesquisas aqui no Brasil estão sempre a mercê de decisões de políticos, de influência da Igreja Católica, e outros, o que pesou em nossa decisão. A dependência brasileira na liberação de pesquisas, nos estudos, segue padrões ocidentais quanto à ética médica, enquanto lá na China a ética é outra, a cultura e os padrões também o são. Há tempos que utilizam células-tronco retiradas de cordão umbilical, principalmente de fetos, pois lá o aborto é permitido, enquanto aqui no ocidente a hipocrisia fala mais alto e pessoas que poderiam ter uma vida normal, padecem por falta de tratamento adequado.
A rede Globo tem um papel ambíguo na divulgação dos fatos verdadeiros, afinal eles não podem servir a dois patrões: a verdade e o dinheiro. Quando apresentaram em programa recente resultados (não muito positivos) de pessoas que foram à China em busca de cura, não o fizeram com o alcance que deveriam e nem procuraram entrevistar aqueles cujos resultados foram e são muito positivos, como o caso Victor,(http://www.wustemcells.com/en/patientstory/Moyamoya073849452.htm ) que cito nesse texto.
Os repórteres da Globo não se preocuparam em procurar o que de melhor está sendo feito com aplicações de células-tronco lá na China, apenas colocaram situações superficiais e apresentaram uma família cujo pai é neurologista, aparentemente contra os procedimentos lá adotados. O Wu Medical Center (vide site) que citamos não tem nada a ver com o procedimento que a Globo apresentou, muito ao contrário, é muito superior.
Estamos indo em busca do que existe de melhor no mundo hoje para a melhoria de qualidade de vida de nosso menino. Agradecemos a todos os que, de uma forma ou de outra, colaboraram e nos incentivaram a tomar tão sérias decisões. Esperamos que mantenham a positividade e as orações que tanto nos ajudam. Deus nos ajuda.
Muito obrigado.
Daniel, Natascha e Kleber
(Extraido do Blog Proteção aos Portadores - 27/05/2010)