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Em 2009 fui diagnosticado com uma doença do neurônio motor (DNM) Trata-se de uma doença neuromuscular, progressiva, degenerativa e sem cura. Mesmo assim insisto que vale a pena viver e lutar para que pesquisas, tratamentos paliativos, novos tratamentos cheguem ao Brasil no tempo + breve possível, alem do respeito no cumprimento dos nossos direitos. .

30 de nov. de 2011

VII Simpósio Atendimento Multidisciplinar na Esclerose Lateral Amiotrófica - Dia Estadual da Doença de Charcot



UFRJ - INDC
SETOR DNM/ELA
ANERJ
Departamento Científico
de DNM/ELA
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Faz algum tempo que estava me programando para conhecer o Hospital Deodolindo Couto (Av. Venceslau Brás, 95  Botafogo/RJ), por se tratar de um Centro de Referência no tratamento da ELA no Rio de Janeiro, e ontem finalmente a oportunidade chegou. 

 Em comemoração à Semana de Atenção a ELA a equipe multidisciplinar do Hospital preparou 2 eventos, sendo que o primeiro aconteceu ontem, o VII Simpósio Atendimento Multidisciplinar na Esclerose Lateral Amiotrófica,  onde tivemos a presença de um público bastante diversificado entre pacientes, familiares, cuidadores, estudantes, e claro, os profissionais responsáveis pela apresentação dos temas, que foram muito bem abordados e discutidos.

Fiquei bastante impressionado com o nível de humanidade e disponibilidade daqueles profissionais, que não pouparam esforços em dar aquela comunidade presente toda atenção e cuidado possível, à medida que o evento ia acontecendo e os temas iam sendo colocados. 

Apesar das dificuldades e do prognóstico não favorável que os pacientes de ELA junto com seus familiares e cuidadores vivem, poder contar com um Centro formado por profissionais capacitados e motivados para fazer um bom trabalho de atenção primária ao paciente de ELA é animador e confortante, e nos faz sentir mais seguros, protegidos e otimistas, sabendo que estamos sendo bem acompanhados, e acima de tudo, não apenas na condição de pacientes, mas como pessoas, como seres humanos, e isso faz toda a diferença. 







29 de nov. de 2011

Simpósio Esclerose Lateral Amiotrófica - Semana de atenção à ELA





UFRJ
INDC
HESFA
 ANERJ
Departamento Científico
 de DNM/ELA



Data/Hora:

03/12/2011 às 9 h.




Local:

Hospital Escola São Francisco de Assis (HESFA/UFRJ).


Endereço:
Av. Presidente Vargas, 2863 - Cidade Nova (Entrada pela Rua Afonso
Cavalcanti, 20 - Metrô Praça Onze).

Inscrições e informações:

 gratuitas (vagas limitadas).
Secretaria de Ensino (Tel: 3184-4404)
e-mail: dnmela.indc.ufrj@hotmail.com



Coordenação:
José Mauro Braz de Lima, MD, PhD.
Marli Pernes da Silva Loureiro, MD, Ms.

Comissão Organizadora:
Claudio Heitor Gress, MD.

Simone Palermo, Fga, Ms.

Simone Zicari, Ft.

Eliana Milagres, Nutr.

Fernanda Carnaúba, Enf, Ms.

Gleane Coelho, Enf, Ms.



UFRJ
INDC
HESFA
ANERJ

Departamento Científico
de DNM/ELA





Programação:
9:00 h - 9:20 h:
Abertura.

José Mauro Braz de Lima, MD, PhD (Professor de Neurologia - INDC/UFRJ)

9:20 h - 10:00 h:
Conferência “ELA: novos aspectos etiopatogênicos”.

Acary Souza Bulle Oliveira, MD, PhD (Professor de Neurologia - UNIFESP)

10:00 h - 10:30 h:
Coffee Break.

10:30 h - 12:00 h:
Mesa Redonda.


Coordenador: Antonio Luiz dos Santos Werneck Neto, MD, Ms (Professor de Neurologia -
FTESM e UNESA)

 

"Desafios no diagnóstico da ELA”.

 
Marcelo Maroco Cruzeiro MD, PhD (Professor de Neurologia - UFJF)

 
“Aspectos genéticos da ELA e as diversas técnicas moleculares utilizadas
no seu estudo”.


Tatiane Duarte Cozendey, Ms (Doutoranda - FIOCRUZ)
“Proposta de classificação da ELA”.
José Mauro Braz de Lima, MD, PhD (Professor de Neurologia - INDC/UFRJ)

12:00 h:
Debate e Encerramento.


Realização:

ANERJ
Setor DNM/ELA - INDC/UFRJ
HESFA/UFRJ


UFRJ

INDC

HESFA

ANERJ

Departamento Científico
de DNM/ELA

26 de nov. de 2011

Movimento Esperança Luta e Ação

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A muito tem se falado aos pacientes de ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) que o tratamento com células-tronco é algo para o futuro. Os pesquisadores brasileiros  adotam as mais variadas expressões para se blindarem de perguntas cuja resposta eles preferem não arriscar. 
Enquanto isso, o Brasil caminha a passos de tartaruga nas questões relacionadas a pesquisa com células-tronco em doenças neuromusculares, não por culpa dos pesquisadores, mas por uma questão multifatorial, que envolve:
- falta de um maior incentivo à pesquisa com aporte de mais recursos financeiros.
- entraves burocráticos e morosidade nos processos administrativos
- necessidade de formar e empregar novos pesquisadores
 - baixa competência na gestão dos recursos públicos
- perda de competitividade do Brasil frente a outros paises
- falta de agilidade no processos de importação de  material p/ pesquisa
- falta de mobilização dos pacientes e de suas associações representativas
Nos EUA os estudos com células-tronco em ELA avançam a passos largos. Temos lá verdadeiros desbravadores, como os médicos pesquisadores Nicholas Boulis, Jonathan Glass e  Eva Feldman, e o paciente Ted Harada, cuja coragem e determinação em participar de um estudo com células-tronco lhe deu a oportunidade tão sonhada de obter uma melhora clínica cientificamente comprovada.
Ted Harada e sua família
Ted Harada é um americano de 39 anos, pai de 3 filhos, que em agosto de 2010 recebeu de seu Neurologista a confirmação de um diagnóstico de ELA.  Foi orientado então  a participar de um ensaio clínico na Universidade Emory, em Atlanta, onde os médicos iriam injetar células-tronco neurais através de punção em sua  medula espinhal. O estudo fora previamente autorizado pelo FDA para avaliar até 18 pacientes utilizando o mesmo protocolo usado em Harada, que foi o 11º voluntário num total de 12 pacientes avaliados.
Antes do procedimento, Harada andava com uma bengala e ficava sem fôlego só de andar até a caixa de correios da sua casa. Ele teve que deixar seu emprego como gerente de uma empresa de trituração. Ele estava tão cansado que não podia  nem brincar com seus três filhos.  Ele estava fraco demais para pegar o seu filho mais novo no colo. Ele não conseguia sequer abrir um saco plástico.
Duas semanas depois de receber as injeções de células-tronco em 9 de março de  2011, ele declarou que começou a se sentir melhor.
"Foi um milagre", disse ele.  Ele não usa mais a sua bengala, e segundo   ele revela,  sua respiração melhorou
Aqui não existe a desculpa dos charlatões, aproveitadores, e oportunistas. Estamos falando de ciência, e ciência feita por quem entende de ELA, pois os médicos acima citados, entre outros atributos,  são todos Neurologistas.
E porque não reconhecer o valor dos outros oito pacientes que não obtiveram nenhuma melhora clínica, e do herói John Cornick, que mesmo sem ter certeza ou convicção de nada, alimentou a esperança até o fim, e como um “cristo” se entregou ao estudo. Ele disse: "Para mim é a coisa certa a fazer", e fez. Ele morreria de qualquer forma, pois a doença já estava em estágio bem avançado, mas deu a sua contribuição em favor das gerações futuras.
Se vc é paciente, familiar ou cuidador de um paciente de ELA ou outra doença neuromuscular, ao ler esse manifesto, vc não poderá ficar indiferente.
Estamos trazendo a público a situação que nós pacientes de doenças neuromusculares, particularmente ELA vivemos, sendo afagados  pelo Ministério da Saude com a doação de uma droga cujos resultados são pífios, e ouvindo dos pesquisadores brasileiros aquele mesmo discurso negativo e pessimista de sempre, quando indagados sobre um possível tratamento experimental  com células-tronco aqui no Brasil direcionado para as doenças neuromusculares.

Estamos estudando a criação de  abaixo-assinado pedindo ao Ministério da Saúde, ao Conep, e a quem mais couber o poder da decisão que os estudos experimentais com células-tronco em humanos portadores de doenças neuromusculares e  ELA comecem no Brasil já, assim como já está sendo feito nos EUA e Israel.
Essa mobilização que surge dos nossos sonhos, anseios e esperanças  não terá sucesso, se você paciente, familiar ou cuidador não fizer a sua parte. O que temos a perder? Encaremos  os fatos. Se Ted Harada tivesse alimentado a sua alma da dúvida, do medo e da incerteza, hoje não estaríamos aqui discutindo essas questões e a ciência não estaria enxergando uma luz no final do túnel.
Portanto, renove a sua esperança, entre nessa luta, e comece uma ação. Nem que seja para que as gerações futuras comemorem a vitória. Façamos como   John Cornick e Ted Harada fizeram. Esses dois nomes são exemplos  em quem podemos e devemos nos inspirar para a nossa luta.

24 de nov. de 2011

Dia Estadual de Atenção à Doença de Charcot (ELA)



29 de novembro

VII Simpósio
Atendimento Multidisciplinar na
Esclerose Lateral Amiotrófica


Data/Hora: 29/11/2011 às 13 h.

Local: Auditório do INDC (Instituto de Neurologia Deolindo Couto)

Endereço: Av. Venceslau Brás, 95 - Botafogo/RJ.

Inscrições: gratuitas (vagas limitadas)

e-mail: dnmela.indc.ufrj@hotmail.com

Coordenação:

José Mauro Braz de Lima, MD, Ms, PhD.

Marli Pernes da Silva Loureiro, MD, Ms.

Comissão Organizadora:

Claudio Heitor Gress, MD.

Simone Palermo, Fga, Ms.

Simone Zicari, Ft.

Eliana Milagres, Nutr.

Fernanda Carnaúba, Enf, Ms.

Gleane Coelho, Enf, Ms.

UFRJ - INDC

SETOR DNM/ELA

ANERJ

Departamento Científico

de DNM/ELA




Transporte gratuito de pacientes pelo SUS

Por Antonio Jorge de Melo


Tomei conhecimento aqui em Volta Redonda sobre a possibilidade de ir a São Paulo p/ minha consulta semestral com o Dr Marco Chieia em transporte cedido pelo SUS. Fui a Secretaria de Saúde, onde fiz um cadastro.
De agora em diante, todas as vezes que eu necessitar de uma consulta no Rio de Janeiro ou São Paulo, poderei me valer desse benefício.
Aqui em VR o setor da SMS que cuida disso chama-se DIPA. Verifique em seu município na SMS qual o setor é responsável por esse serviço, e se a doc exigida é a mesma.

Doc necessários:
1-Comprovante de residência em nome do paciente
2-CPF
3-Identidade
4-Cartão Nacional SUS
5-Laudo médico descrevendo a patologia (No caso, ELA) ou encaminhamento p/ exame.
6-Outros exames realizados (se houver)
7-Cartão Nacional SUS do acompanhante (Se você viajar com acompanhante)

21 de nov. de 2011

A espera do grande passo

 


                                                                                                Por Antonio Jorge de Melo

Acabo de ler a última matéria do blog da cientista Mayana Zatz na Veja, entitulada “Mais um passo”. Confesso que ao ler o subtítulo da matéria o meu coração já deu uma disparada. “Meus Deus, mais um estudo com CTE em modelos animais...”
Claro que a ansiedade é grande, e não há como ser diferente. Falar p/ o paciente de ELA, ou para seus familiares e cuidadores para ter calma em relação a essa longa e demorada espera por um possível tratamento com CT é chover no molhado. Calma nada! Pimenta nos olhos dos outros é refresco. Só quem carrega essa cruz é que sabe o quanto ela pesa. É por isso que eu não me importo em assumir a minha condição de paciente ansioso assumido. Claro que sou e estou, e vivencio isso no meu dia a dia, vou p/ a Internet e tento descobrir alguma nova notícia (de fontes confiáveis e seguras, diga-se de passagem) que possa realimentar a chama da esperança que arde dentro de mim as duras penas. É por isso que sou um leitor assíduo da coluna da Drª Mayana, afinal de contas ela é uma autoridade e uma expertise no assunto, e sabemos que será de lá do seu laboratório que um dia poderá ecoar a boa nova que nós tanto almejamos ouvir.
Mas, por hora, nada alem de mais um passo, nada alem de mais um modelo animal testado. O difícil é essa transição do modelo animal para seres humanos que tá é demorando p/ acontecer. Tenho essa impressão, porque é tanto estudo com CTE em modelo animal, mas nada acontece com seres humanos. Gente, não adianta adiar, essa transição precisa ser feita e rápido. O que será que está acontecendo? Falta coragem? Falta de pacientes dispostos a correr riscos? Falta de pesquisadores mais audaciosos, ou o que? Desculpem-me os que conhecem a fundo o assunto, aqui se trata de um queixoso paciente extravasando suas emoções.
O que me consola são as pesquisas com CTA, essas sim já bastante adiantadas, e sendo realizadas em humanos até em território nacional, como acontece hoje na Bahia. Mas a grande vedete dos estudos clínicos com CTA é o estudo do ALS Emory Atlanta University com a devida aprovação do todo poderoso FDA. Cada vez que leio alguma matéria sobre o assunto a minha alma se enche de esperança. Os coordenadores do estudo não se cansam de dizer que estão muito entusiasmados com os resultados demonstrados até agora. Veja bem, o que eles estão avaliando não é a eficácia, mas sim a segurança do uso dessas CT neurais que foram inicialmente injetadas na região lombar da medula espinhal de 12 pacientes, sem nenhum caso de rejeição ou efeito secundário danoso (2 pacientes vieram a óbito por causas não relacionadas ao estudo). Os 6 pacientes seguintes receberão CT neurais injetadas a partir da região cervical da medula espinhal, o que irá representar um grande marco e um grande avanço nas pesquisas com CTA.
Mas a cereja do bolo ainda está por vir. Todos esses pacientes tem diagnóstico de ELA, e caso seja confirmada a segurança da terapia, os pesquisadores não exitam em dizer que muitos outros pacientes com essa doença começarão a se beneficiar do tratamento. Esse sim será um grande passo.

18 de nov. de 2011

Dilma anuncia plano de apoio a portadores de deficiência


A presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira investimentos de R$ 7,6 bilhões em iniciativas para promover a inclusão social dos 45,6 milhões de portadores de deficiência que existem no país.
De acordo com dados oficiais, 23,9% dos brasileiros têm algum tipo de deficiência, 12,7 milhões possuem pelo menos um tipo de deficiência severa.
"Este é um momento em que vale a pena ser presidente", declarou Dilma durante cerimônia de apresentação do programa, durante a qual ficou emocionada e chegou a chorar.
A presidenta também citou como exemplo todos os atletas que competem nos Jogos Parapan-Americanos, que atualmente acontecem em Guadalajara (México), e elogiou especialmente a atuação dos brasileiros.
O plano anunciado por Dilma será desenvolvido nas áreas de educação, saúde e infraestrutura, com obras destinadas a facilitar a mobilidade das pessoas.
 As  ações serão voltadas para pessoas com deficiência, com quatro eixos norteadores: educação, saúde, inclusão e acessibilidade. Segundo o Censo 2010, cerca de 24% da população brasileira possui pelo menos uma deficiência.
Entre as ações previstas estão a reserva de 5% das vagas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) para pessoas com deficiência, a adequação arquitetônica de 42 mil escolas públicas e garantir veículos adaptados para 60 mil estudantes.
O governo pretende montar 45 centros de referência em reabilitação e, em parceria com institutos federais, abrir outros 5 para treinadores de cão-guia, um por cada região do País. O primeiro deverá funcionar em Balneário Camboriú (SC). Para cegos, também serão contratados professores e intérpretes de Libras.
Deverá ser anunciada ainda a implantação de 17 mil novas salas de recursos multifuncionais, que funcionam como espaços que oferecem material didático e equipamentos específicos para esse público.

Nota do Blogg:
Estima-se que no Brasil existam cerca de 13000 pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica. Os desafios para quem sofre dessa doença são enormes, desde a ausência de um tratamento efetivo,  até a necessidade de uso de cadeira de rodas, equipamentos para auxiliar na respiração e comunicação,  almofadas e colchões especiais, entre tantas outras coisas.
Os custos relacionados com a manutenção profissional de um plano de tratamento dependerão muito do caso específico. Porém, podemos afirmar que o custo aumenta paralelamente ao agravo da condição clínica do paciente. No início, quando o paciente ainda mantém muito de sua habilidade de auto-cuidado, ele não necessita do apoio de assistência contratada, como por exemplo, os serviços de uma auxiliar ou técnico de enfermagem. Na mesma linha de pensamento, o paciente pode progressivamente necessitar de apenas uma visita de um profissional Auxiliar de Enfermagem por dia para realizar banhos de aspersão ou auxiliá-lo até o chuveiro. Mais tarde, este paciente pode passar a necessitar de uma presença maior do Auxiliar de Enfermagem. À medida que a doença progride mais e mais recursos serão necessários, tais quais, cama hospitalar, cadeira de roda, cadeira higiênica, aspirador de secreção, nebulizadores, ventiladores mecânicos, oxigênio, materiais descartáveis, medicamentos, concentradores de oxigênio, enfermagem em turnos, visita do médico, fisioterapia, fonoaudiólogo, Enfermeiro, exames laboratoriais, consulta do especialista, e outros recursos. O custo médio de um paciente com ELA em regime de home care, na sua fase de total dependência, com alimentação industrializada e ventilação mecânica é de aproximadamente R$ 20.000,00/mês. Dependendo do prestador de serviços em home care, este custo poderá ser menor ou maior.

Fonte:









14 de nov. de 2011

A esperança que vem de Atlanta III: novos avanços.


ALS Emory  anuncia  que no dia 11/11 foi reiniciada a 2ª etapa da FASE I do estudo.

Na visão de um simples paciente de ELA, estou muito feliz e motivado com as notícias sobre a pesquisa com células-tronco que está sendo conduzida na Emory University em Atlanta, nos EUA.  Vários artigos estão sendo postados na ComELA sobre o assunto. 
Foi anunciado que no dia no dia 11/11 foi reiniciado a 2ª etapa da FASE 1 do estudo, e o Dr. Jonathan Glass e sua equipe injetará células-tronco neurais na região cervical da medula espinhal de 6 pacientes com ELA.

Caso a segurança do ensaio clínico se confirme, o FDA provavelmente dará um novo sinal verde para que se inicie a FASE 2 do estudo. Isso permitirá que muitos pacientes continuem sendo submetidos a essa terapia, e a eficácia do método passará a ser considerada como endpoint primário.

Vamos torcer para que, caso os resultados do estudo continuem promissores, os pesquisadores, médicos e autoridades da saúde do Brasil possam estar buscando contato com esse Centro a fim de discutir uma possível transferência de tecnologia, ou outra maneira de se começar a aplicar o método aqui no Brasil. Esse é um sonho e uma reivindicação pela qual deveremos dedicar as nossas vidas.  Todos os pacientes, familiares e cuidadores deverão estar irmanados e impregnados do mesmo sentimento e do mesmo desejo, de que esses ensaios clínicos possam estar ao nosso alcance aqui no Brasil. Conforme relata o Dr. Glass: "A razão pela qual as pessoas morrem de ELA é porque não conseguem respirar", disse Glass. "Então, se pudermos manter a função respiratória... através dos neurônios motores que sustentam esses músculos, então eu penso que teremos feito algo que mudará o curso da doença.”

6 de nov. de 2011

Muitas perguntas... e poucas respostas.

                                                                             
                                                                                                                                       Por Antonio Jorge de Melo
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Outro dia estava lendo uma matéria no excelente blog da Drª Mayana Zatz, quando me deparei com um termo que nunca havia visto antes na literatura médico-científica: ubiquilin 2 (ubiquilina em português). “Essa proteína é normalmente responsável pela degradação de várias outras proteínas da célula. Entretanto com a mutação, a ubiquilina 2 não consegue exercer essa função. A conseqüência é o acúmulo e agregação dessas proteínas que deveriam ter sido degradadas causando uma neurodegeneração e morte dos neurônios motores.”
Não satisfeito em apenas ler aquela interessante matéria, resolvi dar o meu pitaco, na visão de um leigo e ansioso paciente ávido por novidades, e indaguei a ilustre Geneticista falando que “... diversos trabalhos vem mostrando que a proteína VAPB e a proteína TDP43 são importantes marcadores biológicos para a compreensão da etiopatogênese da ELA. Até um tempo atrás, falava-se também da importância da SOD1, que hoje já se sabe que não é mais considerada como um marcador para ELA. Afinal de contas, com a descoberta de mais um marcador (a ubiliquin 2), qual desses os pesquisadores deverão perseguir na continuidade das pesquisas?”

Sem entender exatamente qual o critério que a Drª Mayana estabelece para responder as perguntas postadas em seu blog, tive a honra de ter a minha indagação respondida. Ela respondeu que “... é possível que todos esses marcadores participem de uma via comum que leve a degeneração dos neurônios motores, ou que haja diversas causas. Não podemos descartar nenhuma hipótese. O fato de podermos derivar neurônios motores de pacientes com diferentes formas de ELA vão permitir acelerar as pesquisas e tirar isso a limpo.”  

No último dia 03/11 tomamos conhecimento  através de matéria postada na Web de que a Dra Mayana estará coordenando mais um estudo Genético voltado para a ELA. Dessa vez “... o Centro de Estudos do Genoma Humano do Instituto de Biociências (IB) da USP vai avaliar a utilização de um marcador proteico para doenças neurodegenerativas. O estudo... deverá ter duração de dois anos, com investimento de R$ 300 mil. A avaliação será feita sobre uma proteína responsável por formas hereditárias de Esclerose Lateral Amiotrófica. Inicialmente, os testes com o marcador serão realizados” in vitro”, em culturas de células. Após esta etapa, o marcador será validado com amostras do material genético de pacientes portadores de Esclerose Lateral Amiotrófica.”

Longe de mim a afronta, o descaso ou a contestação sem o pleno conhecimento de causa (muito embora não me falte a modéstia de reconhecer que sou um curioso e interessado paciente), mas na minha limitada e opacificada visão de um leigo pensei, mas não existem outros estudos envolvendo outros marcadores genéticos relacionados a ELA mais adiantados? Por que começar do “zero” de novo? Essa é a próxima  pergunta que publicarei no blog da renomada pesquisadora. Quem sabe ela me responde...de novo tambem?


Ref Bibliográficas:
 

    








3 de nov. de 2011

30 anos da proclamação do Ano Internacional das Pessoas Deficientes: será que o Brasil avançou?

Desembarque efetuado pela Gol no aeroporto de Goiânia: violação explícita  da resolução Nº 9 da ANAC
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A Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou 1981 como o Ano Internacional das Pessoas Deficientes (AIPD), com o lema "Participação plena e igualdade".    
                                                                                                                 
Há 30 anos, inspiradas pelo AIPD, milhares de pessoas com deficiência, no Brasil e ao redor do mundo, se deram conta de que eram cidadãos plenos de direitos e mobilizaram seus pares a mudar a realidade injusta em que viviam. Passados 30 anos, podemos concluir que ainda há muito que se avançar nessa discussão.

Recentemente, me vi diante de 2 fatos sucessivos e iguais, cuja solução poderia ser muito simples, mas como se trata de um país chamado Brasil, onde o não cumprimento das leis é cúmplice  da impunidade, e a situação vai se perpetuando até que alguma coisa de novo aconteça ao sabor da vontade de quem tem o poder de decidir e agir.

No mês de agosto fiz uma viagem de avião Rio-Goiânia-Rio pela GOL, e para minha surpresa, mesmo sabendo da Resolução Nº 9 da ANAC, ficou claro p/ mim que essa resolução está sendo cabalmente desrespeitada pela Infraero e pela Gol. Sendo cadeirante, o meu desembarque deveria ser feito dentro do que determina a tal Resolução, mas o que ocorreu na verdade foi um desembarque/embarque improvisado, sem nenhuma garantia de segurança p/ o passageiro, e uma sucessão de desmandos. Fui informado de que o ambulifit do aeroporto de Goiânia estava enguiçado, e que a cadeira com esteira da GOL estava quebrada, fato que confirmei, vendo-a pegando poeira no balcão da empresa no aeroporto.

Agora em outubro precisei fazer uma outra viagem de avião Rio-Brasília-Rio, mas resolvi mudar de empresa, optando pela TAM. Mas para minha surpresa, ao chegar ao aeroporto JK, o meu desembarque, que deveria ter sido feito através de ambulift, cdr com esteira, ou outro equipamento adequado, segundo a Resolução Nº 9 da ANAC não ocorreu. Fui desembarcado de forma improvisada, sentado em uma cdr carregado por 3 pessoas, sendo exposto a um risco de queda, alem de todo um constrangimento generalizado, ou seja, o filme de Goiânia reprisado em Brasília. 

No dia 11/10, voltando para o Rio, embarquei em um outro vôo da TAM. Devido ao mau tempo, o avião retornou ao aeroporto JK, e os passageiros desembarcaram p/ serem conduzidos a uma outra aeronave. O meu desembarque mais uma vez ocorreu de forma inadequada, e a TAM mais uma vez violou a Resolução Nº 9 da ANAC, e novamente fui exposto a constrangimentos e ao um risco de acidente iminente, pois chovia no momento do desembarque, e a escada estava molhada.  Até um comissário de bordo teve que ser deslocado das suas funções p/ auxiliar nesse improvisado e perigoso desembarque.

Estou relatando aqui um fato que, apesar de não atingir a totalidade dos deficientes brasileiros, mostra que há muito que se avançar nas questões relacionadas ao respeito e ao cumprimento das determinações já estabelecidas. Para a Infraero, disponibilizar do ambulift nos principais aeroportos brasileiros,  e para as empresas aéreas disponibilizar dos equipamentos que possam garantir a segurança e o bem-estar dos deficientes e portadores de necessidades especiais em seus embarques e desembarques das aeronaves, quando assim for necessário. 

Qual a dificuldade nisso? Nenhuma, eu creio. Mas o interesse, a consciência, a responsabilidade social das empresas, tudo isso é muito bonito na propaganda que elas fazem. Na prática, não é assim que as coisas funcionam. Que pena, poderíamos ter mais motivos para comemorar nesses 30 anos...