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Em 2009 fui diagnosticado com uma doença do neurônio motor (DNM) Trata-se de uma doença neuromuscular, progressiva, degenerativa e sem cura. Mesmo assim insisto que vale a pena viver e lutar para que pesquisas, tratamentos paliativos, novos tratamentos cheguem ao Brasil no tempo + breve possível, alem do respeito no cumprimento dos nossos direitos. .

27 de jun. de 2012

A bomba da discórdia

Bomba Little Boy 

Por Antonio Jorge de Melo

Quando o piloto do Enola Gay apertou o botão que soltou a bomba Little Boy sobre Hiroshima, às 8h15 do dia 6 de agosto de 1945, o cogumelo de fogo que matou instantaneamente 69 mil pessoas liberou uma nova e tremenda forma de barbárie: o terrorismo. A cidade de Hiroxima desapareceu em baixo de uma nuvem em forma de cogumelo. As notícias sobre a cidade eram desencontradas, e ninguém sabia exatamente o que ocorrera. No dia 9 outra bomba atômica foi lançada sobre a cidade de Nagasaki. Os norte-americanos haviam treinado durante meses uma esquadrilha de B-29 para um ataque especial. Nos aviões, quase ninguém sabia o que transportava.
Até o final de 1945, 145 mil pessoas tinham morrido em Hiroshima e 75 mil em Nagasaki. Mais dezenas de milhares de pessoas sofreram ferimentos sérios. Mortes entre os sobreviventes continuaram nos próximos anos devido aos efeitos da radiação que também causou o nascimento de bebês com má formação
As vítimas eram civis, cidadãos comuns, já que nenhuma das duas cidades era alvo militar muito importante. O cenário histórico dessa tragédia que permanece até hoje na memória de milhares de japoneses era a guerra no Pacífico, entre Japão e Estados Unidos no contexto do término da Segunda Guerra Mundial.
As populações civis foram sempre as que mais sofreram em todas as guerras que o homem fez sobre a Terra. Porém, nunca antes tivera o homem a capacidade de destruir tantos em tão pouco tempo, de forma tão covarde. “Estava inaugurado o terror total, o vale-tudo, o despudor de matar inocentes em prol de uma causa qualquer, como se a morte de velhos, jovens, crianças, mulheres pudesse justificar o que quer que fosse.”
A história da descoberta de como liberar a energia nuclear, e sua aplicação para fazer bombas capazes de destruir, irradiar e queimar cidades inteiras, é a grande epopeia trágica do século XX. Para construir as primeiras armas, os Estados Unidos investiram mais de US$ 2 bilhões e construíram um complexo industrial, espalhado do Tennessee ao Novo México e ao Estado de Washington, que em 1945 era tão grande quanto a indústria de automóveis americana.
O papel dos bombardeios atômicos na rendição do Japão, assim como seus efeitos e justificações, foram submetidos a muito debate. Nos EUA, o ponto de vista que prevalece é que os bombardeios terminaram a guerra meses mais cedo do que haveria acontecido, salvando muitas vidas que seriam perdidas em ambos os lados se a invasão planejada do Japão tivesse ocorrido. No Japão, o público geral tende a crer que os bombardeios foram desnecessários, uma vez que a preparação para a rendição já estava em progresso em Tóquio.                                                                                   
Na concepção de muitos, se não da maioria dos cidadãos americanos, as bombas atômicas salvaram a vida de talvez 1 milhão de soldados americanos e a destruição de Hiroshima e Nagasaki é vista como um pequeno preço a ser pago por salvar tantas vidas e levar a guerra terrível ao final. Esta visão dá a impressão que o ataque nestas cidades com armas atômicas foi útil, rendeu frutos e é uma ocasião a ser celebrada.
Más a necessidade de se jogar as bombas para terminar a guerra tem sido amplamente discutido pelos historiadores. Muitos intelectuais, incluindo Lifton e Michell, mostram que o Japão estava com intenções de se render quando as bombas foram jogadas, que a estratégia militar americana havia calculado muito menos baixas de uma invasão do Japão e finalmente que havia outras maneiras de se terminar a guerra sem utilizar bombas atômicas nas duas cidades japonesas.  
Entre os críticos do uso das armas nucleares em Hiroshima e Nagasaki estão líderes militares americanos. Em uma entrevista após guerra o General Dwight Eisenhower, que mais tarde viria a ser presidente dos EUA, disse a um jornalista: “... os japoneses estavam prontos para se renderem e não era necessário atacá-los.”.
Porque estou aqui levantando essa questão? Eu explico. Estávamos todos em Brasília participando do evento alusivo ao Dia Mundial de Luta contra a ELA no último dia 21. Após as palestras, abriu-se oportunidade para perguntas e respostas. Alguem perguntou sobre a possibilidade da Anvisa autorizar o uso compassivo da Dexpramipexole, e a resposta do Presidente da Biogen, o Sr Francisco Piccolo caiu como uma “bomba” sobre o auditório, quando afirmou que a Biogen não iria autorizar o tal uso.
Podemos dizer que, assim como aconteceu em Hiroshima e Nagasaki , onde o uso da bomba atômica matou milhares de pessoas, a decisão da Biogen Mundial em não autorizar o uso compassivo da Dexpramipexole nos pacientes de ELA, numa escala bem menor, também pode estar fazendo os seus estragos.
Pensemos no número de pacientes de ELA que já morreram desde que os estudos FASE II com a Dexpramipexole foram concluídos. Não podemos afirmar com certeza, mas digamos que essas pessoas fossem beneficiadas com o uso da droga, será que elas não teriam uma chance de sobreviver? Essa é uma pergunta cuja resposta jamais saberemos, assim como até hoje não existem respostas que justifiquem o que aconteceu em Hiroshima e Nagasaki.
Mas, da mesma forma que alguns pensadores acham que aquelas mortes nas 2 cidades japonesas foram necessárias, pois salvaram muitas vidas que seriam perdidas em ambos os lados do conflito, da mesma forma a indústria farmacêutica e o FDA pensam, ao não permitir a utilização das drogas experimentais em pacientes com doenças graves e letais como a ELA, pois segundo a concepção deles, fazem isso em nome da preservação da vida, e os pacientes que morrem sem a chance de se valerem de um tratamento em fase de pesquisa são apenas e nada mais do que “um pequeno preço a ser pago”, talvez um mal menor e sem importância em um contexto meramente histórico, tal qual os habitantes de Hiroshima e Nagasaki daqueles dias de agosto de 1945.
 
Fonte:
 http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/hiroshima-e-nagasaki/hiroshima-e-nagasaki.php#ixzz1yrlN3ABa



http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/hiroshima-e-nagasaki/hiroshima-e-nagasaki.php

23 de jun. de 2012

Participantes de audiência divergem sobre uso de remédio em teste

Dr Bruno, Dr Miguel Mitne e o Dep Romário durante o evento


Luiz Cláudio Canuto

A maior esperança dos portadores de esclerose lateral amiotrófica (ELA) é um medicamento em teste chamado dexpramipexole, uma vez que os tratamentos existentes são paliativos. Como a liberação de medicamentos em teste demora cerca de vinte anos, é importante o uso dos remédios antes de encerrados os estudos (chamado acesso expandido de medicamentos). A Câmara debateu esse tema ontem com especialistas, representantes do governo e pacientes.

Os recursos disponíveis atualmente para os portadores de ELA aliviam sintomas, retardam alguns efeitos e diminuem o desconforto, sem curar o paciente. Geralmente, a morte ocorre de 3 a 5 anos após o diagnóstico. A doença degenerativa se caracteriza pela morte dos neurônios motores, o que, com o tempo, compromete a força muscular e várias funções, como a fala, a deglutição e a respiração. Só no Brasil, a ELA é identificada em 2.500 pessoas por ano.

O especialista em Vigilância Sanitária da Gerência Geral de Medicamentos da Anvisa, Bruno Coutinho, explicou que o Brasil já dispõe de um Programa de Acesso Expandido. Segundo ele, pode ser bom para o paciente, mas é melhor ainda para o laboratório. “É uma forma de os laboratórios ampliarem a investigação de segurança do medicamento que vão colocar à venda. É uma forma de colher dados de segurança”, afirmou.

Mas Francisco Piccolo, o diretor da Biogen Idec, laboratório que desenvolve o dexpramipexole, afirmou que a empresa não se sente segura em ceder o medicamento para uso expandido. O medicamento já está na fase 3 de testes, o que permitiria esse uso.

“Nós temos um estudo sendo conduzido exatamente para confirmar o perfil de eficácia e segurança, dose para, de fato, usar de forma mais segura e eficaz. No momento ficaria muito difícil abrir a possibilidade de uso para um medicamento que ainda não está com a dose, eficácia e segurança definidas”, explicou.

Uso compassivo - O representante da Anvisa na audiência explicou que a agência pode autorizar em até 72 horas um pedido médico para uso compassivo (autorização individual para medicamentos em teste), que precisa ser o último recurso de um paciente após todas as tentativas com medicamentos e terapias disponíveis no mercado.

O representante do Movimento em Defesa dos Direitos da Pessoa com ELA (Movela), Antonio Jorge Melo, ressaltou a dimensão do evento. A ELA acomete em todo mundo 350 milhões de pessoas e mata mais de 100 mil todo ano.

Frente Parlamentar - O ato celebrou o Dia Mundial de Luta contra a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). O evento, de iniciativa do deputado Romário (PSB-RJ), também lançou a Frente Parlamentar em Defesa das Doenças Raras.

Uma das primeiras bandeiras da frente é a regulamentação da Portaria 81/09, do Ministério da Saúde, que instituiu, no SUS, a Política Nacional de Atenção Integral em Genética Clínica. A regulamentação permitiria o tratamento gratuito de pessoas portadoras de doenças raras.

22 de jun. de 2012

Lados opostos

Antonio Jorge, na mesa de abertura  do evento


 Por Antonio Jorge de Melo


Chegamos ontem (dia 21) em Brasília com muita expectativa, pois eu tinha em mente que aquele seria um momento único e histórico na vida das pessoas com ELA, bem como de seus familiares e cuidadores. Infelizmente não pudemos contar com a presença do Senhor Ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, e com a presença do Sr Ministro da Saude, Alexandre Padilha, o que, na opinião do Dep Romário e da Dep Mara significou “um desrespeito” a todos os que estavam ali presentes..
Pude falar um pouco em nome dos milhares de brasileiros e brasileiras, heróis e guerreiros que estão em uma luta ferrenha contra um inimigo com quem não dispomos nem mesmo de armas para lutar, a não ser a nossa esperança e o nosso desejo de viver e ser feliz. Em minhas palavras enfatizei que o estudo de Atlanta representa um uma grande esperança paro o uso de células-
tronco neurais adultas no tratamento da ELA. Tambem alertei as autoridades ali presentes, que tão logo a Dexpramipexole esteja no mercado, a disponibilização da droga na lista de auto custo do Governo para distribuição para os pacientes deverá ser urgente e sem entraves burocráticos.
Todos os políticos que estavam no evento falaram, e cabe aqui destacar o que foi dito pelo Dep Maurício Quintilla, Presidente da Frente Parlamentar das Doenças Raras, que em seu discurso reafirmou o seu compromisso de lutar ao lado dos cerca de 13 milhões de pacientes com  doenças raras no Brasil, incluindo aí os pacientes de ELA.
O Dep Romário se emocionou e até chorou, ao reconhecer o sofrimento e a angústia pelas quais pacientes de ELA passam  no seu dia a dia de acordo com a evolução da doença.
Dr Miguel Mitne falou sobre as células-tronco, e esclareceu aspectos importantes que as diferenciam. Tambem explicou as diferentes fases de um estudo clínico. Já o  Dr Acary falou sobre os conceitos básicos que descrevem a ELA,  sua etiopatogenia, e a necessidade urgente de se ter terapias inovadoras que possam mudar a história dos pacientes de ELA no Brasil e no mundo, e falou ainda de alguns estudos que estão em andamento, e particularmente sobre a dexpramipexole.
Deixando um pouco de lado as oratórias sempre muito eloquentes, bonitas e cheias de emoção, considerei um ponto alto do evento a palestra do Dr. Bruno Coutinho, especialista em Vigilância Sanitária da Gerência Geral de Medicamentos da ANVISA.
Em seu pronunciamento, ele explicou que  “o Brasil já dispõe de um Programa de Acesso Expandido”. Segundo ele, “pode ser bom para o paciente, mas é melhor ainda para o laboratório.
É uma forma de os laboratórios ampliarem a investigação de segurança do medicamento que vão colocar à venda. É uma forma de colher dados de segurança”, afirmou.
Mas o Sr  Francisco Piccolo,  diretor brasileiro  da Biogen Idec, laboratório que desenvolve o dexpramipexole, afirmou que a empresa “não se sente segura em ceder o medicamento para uso expandido”. O medicamento já está na fase 3 de testes, o que permitiria esse uso, segundo afirmou o representante da ANVISA, até porque outros estudos já realizados já comprovoram a segurança da dexpramipexole em relação a sua toxidade e tolerabilidade em humanos.
 “Nós temos um estudo sendo conduzida exatamente para confirmar o perfil de eficácia e segurança, dose, para de fato, usar de forma mais segura e eficaz. No momento ficaria muito difícil abrir a possibilidade de uso para um medicamento que ainda não está com a dose, eficácia e segurança definidas”, explicou Francisco Piccolo.
Em relação ao uso compassivo de drogas em fase de testes, o representante da ANVISA na audiência, Dr Bruno Coutinho explicou que a agência pode autorizar em até 72 horas um pedido médico para uso compassivo (autorização individual para medicamentos em teste), que precisa ser o último recurso de um paciente após todas as tentativas com medicamentos e terapias disponíveis no mercado.
Por fim , tivemos a cereja do bolo quando a Drª Eliane Aquino, advogada e militante da Abrela trouxe para o público presente uma palavra com forte carga de sentimento humano,  falou sobre questões de  justiça,  de direito  e de necessidades básicas que ainda nos são negados pelas autoridades e pelos órgãos gestores da saúde.
Diante de tudo que foi discutido nesse Ato, e tendo sido testemunha do que as  pessoas ali falaram e defenderam, segundo seus interesses e  pontos de vista, com certeza posso afirmar sem medo de errar que esse evento foi um marco na história da ELA em nosso país, e que existirão momentos em que as diversas partes interessadas no assunto estarão do mesmo lado, mas quando as questões comerciais e de “business” estiverem em cheque, que não levam em consideração que a ELA é uma discussão muito mais humanitária que mercantilista, dado o perfil agressivo e cruel que envolve a doença, certamente aí haverá alguns que estarão em lados opostos.

17 de jun. de 2012

SUPORTE NUTRICIONAL NA ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA



            Por Cristina C. S. Salvioni
Nutricionista CRN3/26230

A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma degenerativa, progressiva e irreversível doença neurológica que afeta neurônios motores. Entre os aspectos que comprometem o estado nutricional tem-se: disfagia, inapetência, alteração respiratória, fadiga e hipermetabolismo, com isso,  pacientes com ELA beneficiam-se de orientações alimentares específicas.

As alterações na motricidade oral dificulta a ingestão de alimentos sólidos e, na maioria dos casos, inviabiliza a ingestão de líquidos ralos. A exclusão alimentar restringe a ingestão calórica e proteica culminando em perda de peso corporal. Alteração do estado nutricional e a manutenção do peso corporal têm sido associadas como indicador prognóstico para a sobrevida para esses pacientes.

Dessa forma, o objetivo da terapia nutricional aplicada a ELA visa suprir as necessidades nutricionais em todos os estágios de evolução da doença, minimizar o catabolismo proteico, assegurar a alimentação oral e indicar suporte nutricional precoce.

A dieta orientada em conjunto com a fonoaudióloga é instituída para facilitar a deglutição, otimizar a ingestão nutricional e diminuir o risco de aspiração. A determinação da textura e da viscosidade dos alimentos deve se correlacionar ao grau de disfagia apresentado. A modulação alimentar é indicada para adequar o valor nutricional da dieta e assegurar a ingestão energética quando o consumo de determinados alimentos torna-se ineficiente.

Quando a ingestão alimentar por via oral torna-se incompatível com a demanda individual, há necessidade de via alternativa de alimentação que inclui sondas ou ostomias. Estudos realizados mostram que na ELA a indicação de gastrostomia endoscópica percutânea é soberana as demais formas de acesso ao trato digestório com finalidade de nutrição. Mesmo com via alternativa, a prescrição nutricional pode ser composta por dieta artesanal, industrializada ou mista dependendo da condição nutricional e econômica do indivíduo.

Por fim, ressalta-se a importância da necessidade de intervenção nutricional precoce e sistemática para a manutenção do estado nutricional, visto que o aspecto nutricional é fator prognóstico para a sobrevida nesses doentes.




15 de jun. de 2012

ATO SOBRE O DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA ( ELA)



MESA DE ABERTURA:

Dep. Romário PSB/RJ

Ministro da Saúde – Alexandre Padilha

Ministro da Previdência Social – Garibaldi Alves Filho

Dep. Mara Gabrilli – PSDB/SP

Dep. Maurício Quintela – PR/AL

Antonio Jorge – MOVELA (Movimento em Defesa dos Direitos da Pessoa com ELA)

Lançamento da Frente Parlamentar em Defesa das Doenças Raras

 Homenagem póstuma ao médico Júlio Voltarelli

PALESTRANTES:

- Dr. Miguel  Mitne Neto -  Doutor em Genética pela Universidade de São Paulo, Assessor Científico do Grupo Fleury e Diretor Científico da ABrELA/SP
Tema: Pesquisas Pré-Clínica com CT em ELA


- Dr. Acary Souza Bulle – Professor Doutor de Neurologia pela Universidade Federal de São Paulo       
 Tema: As Perspectivas da Dexpramipexole no Tratamento da ELA e as Pesquisas Clínicas com CT     Adultas em ELA


- Laura Gomes Castanheira  – Gerente de Avaliação de Segurança e Eficácia da ANVISA
Tema: Uso Compassivo de Drogas em Fase Experimental


- Eliana Aquino – Advogada da Abrela
Tema: Legislar para a ELA

Dia 21 de junho - 9:30 hs
Salão Freitas Nobre - Anexo IV - Câmara dos Deputados - DF


10 de jun. de 2012

Senado americano aprova Disposições do TREAT ACT

Sen Kay Hagan

8 de Junho de 2012

Prezado Amigo,

Obrigado por entrar em contato no que diz respeito ao Ato Regulatório (Treat Act) para Acelerar o Acesso a Tratamentos. Aprecio ouvi-lo sobre esse importante assunto.
Em 15 de Fevereiro de 2012 apresentei ao Senado o Ato Regulatório para Acelerar o Acesso a Tratamentos – TREAT ACT. Tal petição visa enriquecer a solicitação em curso para aprovação de novos medicamentos pelo FDA, especificamente aqueles direcionados a pacientes com enfermidades crônicas, em especial às doenças raras.    
A petição TREAT ACT acrescenta:
* Auxiliar o FDA ao acesso a especialistas tanto no campo científico quanto médico que trabalham para melhorar novos medicamentos;

*Permitir aos agentes do FDA a utilizarem  precisamente as isenções necessárias quando houver conflito de interesses, buscando o parecer especializado de cientistas  e médicos;

*Recomendar pacientes e organizações de pesquisadores que tenham mais representação nos Comitês Consultivos do FDA, consideradas áreas críticas em que a pesquisa encontra-se no fio da navalha;

*Para 30 milhões de americanos com doenças raras, os novos avanços na ciência e medicina não se concretizam tão rapidamente. 

* O TREAT ACT fornece ao FDA as ferramentas necessárias para modernizar os seus processos e encorajar o desenvolvimento de novos produtos que beneficiam pacientes, principalmente ao grupo com doenças raras.

Tenho a satisfação em anunciar as importantes disposições do TREAT ACT inclusas no FDA (Safety and Innovation Act), recentemente aprovado pelo Senado com votação de 96-1. Apoio o FDA (Safety and Innovation Act), e estou ansiosa para ver esta petição transformada em lei. Novamente obrigada por contatar meu escritório. É uma honra representar a Carolina do Norte no Senado Americano, e espero que não hesitará em contatar-me no futuro para perguntas e questionamentos.
Para mais informações sobre o meu trabalho no Senado, you can sign up for my e-newletter, seguir-me no Twitter  @SenatorHagan ou visitar minha pag do  Facebook .

Cordialmente,

Kay R. Hagan

7 de jun. de 2012

Grandes Julgamentos do STF: Lei da Biosegurança



PARTE 1

PARTE 2

PARTE 3

                                                                                                      Por Antonio Jorge de Melo

Esse documentário que foi apresentado pela TV Justiça em 2011 nos traz a memória a batalha judicial que foi travada entre 2005 e 2008, quando a lei de biosegurança foi aprovada pelo Congresso Nacional, mas devido a um pedido de inconstitucionalidade da mesma impretada junto ao STF pelo Procurador Geral da República  Cláudio Fonteles, essa discussão se arrastou até o ano de 2008, quando finalmente o STF bateu o martelo aprovando definitivamente a lei, dando-se início assim as pesquisas com células-tronco embrionárias em nosso país.

Durante aqueles dias houve uma mobilização da sociedade civil, através de ONGs, religiões, pacientes e profissionais da saúde, e cada um defendeu a sua posição e o seu ponto de vista em relação à questão colocada, e no final toda a sociedade foi agraciada com uma decisão final emitida pelo STF  equilibrada e coerente. 

Hoje, entendo que os pac de ELA e de outras doenças do neurônio-motor precisamos nos inspirar nesse modelo de luta para iniciarmos uma nova batalha em nosso país, agora pelo início dos tratamentos experimentais com CT adultas em doenças graves que não tenham nenhuma perspectiva de melhora clínica através de outros tratamentos, como é o caso da ELA. Esse modelo de luta já é travado nos EUA, e uma autoridade política entusiasta dessa questão por lá  é a Sen Kay Hagan,  e a ong "Treat Us Now" tambem desempenha um importante papel nessa militância.

Foi desse sonho e desses modelos já existentes de luta que surgiu o Movela, e é nessa direção que estamos tambem  caminhando.
Novos tratamentos agora. Não temos tempo para esperar..


4 de jun. de 2012

Romário promove ato no Dia Mundial de Luta Contra a ELA


Deputado federal Romário (PSB-RJ)

No próximo dia 21 de junho, o deputado Romário (PSB-RJ) promove um ato para celebrar o Dia Mundial de Luta Contra a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). O evento integra uma série de ações do parlamentar na luta por políticas públicas que atendam pessoas com algum tipo de doença rara. O ato acontece no auditório Freitas Nobre da Câmara dos Deputados, às 9h30, e terá a presença dos ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Previdência Social, Garibaldi Alves.
Estima-se que de 6% a 8% da população mundial seja atingida por algum tipo de doença rara, enfermidades que manifestam sintomas crônicos, graves e degenerativos. Embora os números não sejam oficiais, especialistas calculam que só a Esclerose Lateral Amiotrófica afete 350 mil pessoas ao redor do mundo. A ELA causa a perda progressiva dos movimentos do corpo, como braços e pernas, bem como compromete a fala, deglutição e respiração devido à degeneração dos neurônios motores.
Para lançar um pouco de luz sobre o tema, o evento terá palestras sobre pesquisas, medicamentos e legislação. No mesmo dia, também será lançada, pelo deputado Maurício Quintela (PR-AL), a Frente Parlamentar em Defesa das Doenças Raras.
Confira a programação:
Dep. Romário PSB/RJ
Ministro da Saúde – Alexandre Padilha
Ministro da Previdência Social – Garibaldi Alves Filho
Dep. Mara Gabrilli – PSDB/SP
Dep. Maurício Quintela – PR/AL
Antonio Jorge – MOVELA (Movimento em Defesa dos Direitos da Pessoa com ELA)
Palestras
 Pesquisas Pré-Clínica com CT em ELA – Dr. Miguel Mitne Neto - Doutor em Genética pela Universidade de São Paulo, Assessor Científico do Grupo Fleury e Diretor Científico da ABrELA/SP
 As Perspectivas da Dexpramipexole no Tratamento da ELA e as Pesquisas Clínicas com CT Adultas em ELA – Dr. Acary Souza Bulle – Professor Doutor de Neurologia pela Universidade Federal de São Paulo
 Uso Compassivo de Drogas em Fase Experimental – Laura Gomes Castanheira – Gerente de Avaliação de Segurança e Eficácia da ANVISA
 Legislar para a ELA – Eliana Aquino – Advogada/ Abrela
Letícia Alcântara/ Repórter

1 de jun. de 2012

Dr. JONATHAN GLASS e NICK BOULIS




(Palestra extraida do video http://youtu.be/-5QNrOJzvCs)

 Dr. JONATHAN GLASS inicia a palestra ao esclarecer o quanto é devastador para ele como médico dizer ao seu paciente que nada de concreto pode fazer quando a enfermidade é Esclerose Lateral Aminotrófica – ELA. Mostra as imagens de Melissa, sua paciente de 34 anos, que ao longo dos anos apresenta aspectos degenerativos das suas funções motoras. Entretanto, esclarece que está surgindo terapias capazes de minimizar o efeito das atrofias, considerado o maior malefício dessa doença. Tais descobertas entre ciência e tecnologia  são transformadas em ações concretas.

NICHOULAS BOULIS – Representa a Biotech e demonstra através de imagens em vídeo como transcorre as injeções de células tronco (steem cell) na coluna espinhal, a fim de preservar as funções neurológicas.

Dr. JONATHAN e Dr. NICHOULAS PROTAGONIZAM SITUAÇÕES QUE REPRESENTAM AS POSIÇÕES: PACIENTE, FDA E BIOTECH

PACIENTE- Questiona o porquê adquiriu tal enfermidade se em sua família não há casos. Questiona como adquiriu tal enfermidade, e como será conduzir sua vida desde então. O médico mais uma vez não tem as respostas para atender tais questionamentos. Afirma sobre os benefícios do transplante de células tronco (coluna lombar) dos pacientes, e compromete-se a questionar o FDA sobre o transplante de células tronco na cervical a fim de preservar as funções respiratórias.

FDA- Ainda possui posição irredutível  pois leva em consideração os altos riscos do transplante, além de argumentar que não existe critérios de avaliação de acordo com a doença. Há um protocolo único cujo sistema regulatório é o mesmo.

MÉDICO PARA O PACIENTE _ Infelizmente a única informação é: tenha paciência! Neste caso o paciente sugere tratamento fora do país.

BIOTECH – A Agência não está empenhada em acelerar o processo de descoberta com células tronco. Diz NICK: “Não estamos sugerindo mudança de regras da agência, mas há situações que exigem certa rapidez, por isso o sistema precisa mudar.

MÉDICO- Conclui que há uma emergência, pois as pessoas estão morrendo. Nesse caso da morte iminente o que de fato pode representar risco?!...

Tradução: Nice Santos